E depois da tempestade?

O economista Ricardo Amorim escreveu um livro chamado depois da tempestade falando do que estava por vir pós crise de 2015.

Pegando emprestado o título do livro citado, pergunto se estamos preparados para o que virá “depois da tempestade”?

Claro que me refiro a atual crise econômica provocada pelas medidas de combate ao coronavírus.

Recentemente o Sebrae divulgou uma pesquisa que revela que cerca de 600 mil empresas faliram durante a atual crise e uma estimativa de 9 milhões de desempregos.

Dentre os números da pesquisa, um número me chamou a atenção: Apenas 26,6% afirmaram que as finanças da empresa eram boas antes de iniciar a crise.

É justamente sobre isso que quero fazer uma provocação. Infelizmente sentimos na pele da pior forma possível o que ocasiona a falta de capital de giro e de uma gestão financeira eficaz.

Vimos que a falta de indicadores confiáveis de gestão financeira pode ser letal em um cenário dinâmico e incerto como o atual momento.

Sabemos também que não é possível gerenciar uma empresa apenas com gestão financeira, mais impossível a gerir sem.

Porém, é vital que as empresas tenham cada vez mais claros sua estrutura de custos, despesas e mensuração do resultado, tanto econômico quanto de caixa.

“A chave de roda é uma excelente ferramenta para se trocar um pneu, mas sozinha ela não serve para nada. É preciso ter ação de alguém.”

A pandemia vai passar, e sua empresa, como se posicionará após a tempestade?

O quanto de importância foi dedicada à liquidez antes da Pandemia?

A pandemia do covid-19 é com toda certeza um grande Cisne Negro, o maior desafio global desde a segunda guerra mundial.

Seus efeitos na economia foram devastadores e estamos vendo várias empresas sofrerem por isto.

Um dos principais desafios das empresas, que ganha mais relevância neste período é a liquidez, ou seja, a capacidade de pagar as contas.

A liquidez por sua vez é o indicador financeiro de maior percepção, pois seu efeito é visível e percebido principalmente quando a empresa não tem o capital necessário para honrar seu compromisso.

Em outras palavras, não tem dinheiro para pagar as contas, o que faz com que a empresa recorra ao mercado financeiro para saldar seus compromissos.

Embora na pandemia isto fique evidente, nos perguntamos o quanto de importância a liquidez recebeu antes da pandemia?

Claro que todos querem ter dinheiro para saldar seus compromissos, perguntamos sobre a importância dedicada no sentido de:

1.Medir;
2.Definir o ponto ideal, ou seja, a meta;
3.Traçar ações para atingir;
4.Executar as ações;
5.Acompanhar o plano;
6.Ajustar a rota se necessário.

E quando isto deveria ter sido feito?

Em nossa opinião deveria ter sido feito no primeiro sinal, ou seja, quando a empresa teve que recorrer a antecipações de recebíveis (boleto, cartão, cheque, etc.) ou empréstimos.

Neste momento precisaria ser feito um diagnóstico profundo para saber da causa principal que está resultando no efeito chamado falta de liquidez.

Problemas de liquidez, ou em outras palavras, falta de caixa são resultantes de questões econômicas. Em muitos casos, o problema econômico, ou melhor, a falta de lucro vem ocorrendo há vários meses e corroendo o capital de giro da empresa.

Melhor dizendo, corrói o capital de giro quando este é existente.

Encerramos dizendo que a crise vai passar e agora é o melhor momento para rever rotas, e analisar os indicadores financeiros é sempre necessário.

Artigo escrito por Cezar Junior consultor de empresas na Alicerce Soluções há 6 anos tendo atuado em mais de 100 projetos de consultoria empresarial nas áreas de finanças e gestão de processos
www.alicercesolucoes.com.br