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Cooperativas atraem brasileiros com taxas de créditos inferiores a dos bancos

Enquanto grandes bancos privados têm fechado agências e reduzido as ofertas de crédito, as cooperativas de crédito não param de crescer. Nos últimos cinco anos, além de novas agências, as cooperativas aumentaram o volume de empréstimos em 20%.

Isso se deve ao fato de que as cooperativas de crédito oferecem os mesmos produtos de um banco – contas, cartões, empréstimos, investimentos, seguros e consórcios, entre outros – mas com taxas muito menores. A taxa do empréstimo pessoal nas cooperativas, por exemplo, é, em média, metade da praticada pelos bancos tradicionais, segundo o Banco Central.

Além disso, os associados ainda podem participar dos lucros da cooperativa, pois são cooperados. Se tiver resultados positivos, o dinheiro, chamado de “sobra”, é proporcionalmente distribuído aos associados uma vez por ano, de acordo com o valor das operações de cada um. Hoje, o Brasil conta com 967 cooperativas de crédito e mais de seis mil agências.

Por conta disso, e do atendimento diferenciado, as cooperativas cresceram enquanto o País passava pela crise econômica. Nos últimos cinco anos, o número de cooperados pessoas jurídicas cresceu 80% e chegou a 1,1 milhão. No mesmo período, o número de associados pessoas físicas cresceu para 8,1 milhões.

“Ser visto como uma pessoa e não como um número, ter acesso a taxas menores e ao rateamento das sobras são algumas das vantagens de contratar um empréstimo com uma cooperativa em comparação com bancos tradicionais, gerando, além de economia e otimização de recursos, impacto social e maior acessibilidade”, esclarece Luciane Colletes, gerente da cooperativa de crédito Uniprime Rio Preto.

Na maioria das cooperativas do Brasil, qualquer um pode ser associado, independentemente da sua renda ou profissão. Grande parte delas oferece os mesmos serviços que os bancos. Em vez de abrir conta como um cliente, o consumidor se torna um cooperado. Ser um cooperado significa ser usuário e dono do negócio.

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