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Programas de fidelidade mudam para atender clientes com retirada de pontos para itens de menor valor no Brasil

As empresas do mercado de programas de fidelidade começam a elaborar estratégias voltadas para produtos de menor valor agregado a fim de acelerar o processo de conversão de pontos dos clientes. Entre os desafios neste movimento, está o fato de que este segmento ainda está fortemente vinculado apenas à conversão de milhas em passagens aéreas.

Uma das empresas que tem diversificado o portfólio de parcerias e produtos para conversão de pontos é a Smiles – atualmente controlada pela companhia Gol Linhas Aéreas. De acordo com o diretor executivo de CRM, Pricing e Alianças Aéreas da Smiles, Túlio Oliveira, nos últimos anos, consumidores pertencentes às classes mais populares têm participado de forma mais frequente aos programas de fidelidade. “Para o desenvolvimento disso, temos duas alavancas a primeira delas é o acesso mais abrangente desses consumidores às passagens aéreas. A segunda é a expansão dos cartões de crédito”, disse ele.

Com isso, nos últimos dois anos, a empresa começou a expandir também a possibilidade de conversão de pontos para outros segmentos além das tradicionais passagens aéreas. “Recentemente temos ampliado a conversão também para outras categorias, como por exemplo reservas de hotéis, aluguel de carros e ingressos para eventos. A meta é fazer a viagem inteira assim”, comentou Oliveira, destacando que o carro-chefe da empresa continua sendo a conversão em passagens aéreas.

Outro exemplo de empresa desse segmento que está atenta às mudanças no perfil do consumidor é a emissora de cartões Credz. “Geralmente, o consumidor tem que desembolsar uma grande quantia para ter um acúmulo de pontos e, consequentemente, transformar isso no resgate de algum benefício ou produto. Por isso, buscamos parcerias com lojistas que comercializam produtos de menor valor agregado, voltados para as classes C e D, afirmou o diretor de desenvolvimento de negócios da Credz, Flávio Simões.

De acordo com o executivo, um dos caminhos para agregar valor aos programas de fidelidade é justamente “tornar tangível” a conversão de produtos por parte do consumidor, algo que anteriormente era considerado muitas vezes como difícil de atingir. “A cada R$ 240 de gastos, por exemplo, o cliente tem R$ 50 em pontos para gastar na loja parceria. Esse processo de conversão se reflete sobretudo na frequência e fidelidade daquele consumidor no negócio”, diz Simões.

Fonte: Abemd

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